A tecnologia afeta, de diversas maneiras, a vida de muitas pessoas. E a educação é um dos setores diretamente beneficiados por esses dispositivos tecnológicos, transformando as formas de aprendizado, facilitando a disseminação de conhecimento e informações, e, principalmente, renovando a relação entre professores e alunos.
Essa gama de novos métodos, recursos e serviços à disposição de gestores e educadores tem revolucionado o ensino especial. Quer saber como? Então confira:
As tecnologias e seus dispositivos — como microcomputadores, softwares, jogos educativos e, especialmente, os tablets — contribuem com um nova perspectiva para o aprendizado de crianças especiais, principalmente aquelas com autismo e Síndrome de Down. Esse novo tipo de abordagem ou auxílio ao ensino foi batizado por educadores e especialistas de Tecnologia Assistiva — ou Inclusiva —, formato que promove a acessibilidade e a inclusão digital dos portadores de necessidades educacionais especiais.
Esse aprendizado misturado, que combina dispositivos tecnológicos com o ensino tradicional, tem por objetivo promover a inclusão e a participação de alunos com algum tipo de deficiência, incapacidade ou redução na mobilidade, dando-lhes maior autonomia, liberdade e qualidade de vida. Isso pode ser feito por meio de audiolivros, no caso de portadores de deficiências visuais, ou de livros especiais para aqueles com dificuldades auditivas. Já para crianças com certos espectros de autismo, programas de aprendizado como o Proloquo, que alia ferramentas visuais, auditivas e escritas, são consistentes mecanismos educacionais.
“O que a tecnologia faz é simplificar a interação”, explica Andy Shih, vice-presidente da Autism Speaks, uma organização de pesquisa voltada ao ensino especial. Ele comenta ainda que a interação com um aplicativo será sempre a mesma, com uma expectativa consistente. Já a interação com outros indivíduos é muito mais complexa.
Muitas escolas e organizações de ensino, principalmente nos Estados Unidos, já disponibilizam aos alunos esse tipo de tecnologia — através de tablets equipados com softwares de aprendizado — como um bônus ao ensino especial em sala de aula. E os resultados são surpreendentes!
Essa impressionante evolução ocorre especialmente no caso de crianças que sofrem com o autismo, porque os dispositivos digitais e seus programas descomplicam a interação e o aprendizado, contribuindo para o desenvolvimento escolar, o envolvimento e a motivação dos alunos.
Para que essa revolução seja possível, os educadores precisam estar preparados e capacitados para lidar com esses alunos, de forma a poderem individualizar as instruções para cada um e acompanhar seu progresso, de acordo com suas necessidades. Além disso, os gestores também devem rever seus projetos pedagógicos e suas políticas educacionais, reformulando o que for preciso para propiciar a inclusão de alunos com necessidades especiais.
A educação é um direito de todos. A preservação da individualidade, respeitando a diversidade, é dever de gestores e educadores. Atualmente, é muito mais simples quebrar os paradigmas e unir a tecnologia ao ensino tradicional para fomentar a educação de crianças e adolescentes, sem restrições. Então por que não tentar?
E você, leitor, conhece algum projeto de inclusão social por meio da educação? Acredita que a tecnologia mudará o ensino especial? Deixe seu comentário e compartilhe suas opiniões conosco.