Infraestrutura de TI: o inevitável caminho para a nuvem

O surgimento e a consolidação de novas tecnologias sempre foram marcadas por diferentes posições, desde os entusiastas e visionários, até os mais pessimistas. Contudo, ao longo da história podemos observar grandes empresas que acabaram falindo por não investir na inovação. Até a década de 90 no Brasil, por exemplo, a ideia de navegar em uma rede online por meio de computadores era totalmente abstrata. Hoje, nenhuma organização, seja pública ou privada, consegue atuar sem acesso à internet. O mesmo vale quando falamos sobre as mudanças na infraestrutura de TI.

O desenvolvimento dos sistemas de cloud computing acompanha a própria evolução da internet e dos computadores, bem como o surgimento de tecnologias específicas que ampliaram a capacidade e a segurança do armazenamento de arquivos online. Tal como os provedores de internet que têm evoluído de forma acelerada nos últimos anos, os servidores para armazenamento da infraestrutura de TI têm passado por rápidas e profundas mudanças. Se hoje ninguém consegue pensar em utilizar “internet discada” ou dial-up, por exemplo, em poucos anos nenhuma empresa conseguirá existir sem adotar sistemas e servidores em nuvem.

A Pesquisa Global CIO 2018, publicada pela Deloitte, aponta que 90% dos CIOs entrevistados* indicaram que suas organizações utilizam computação em nuvem. Sendo que quase um terço (32%), relataram o uso da infraestrutura em nuvem para aplicativos vitais para os negócios. Entre as principais vantagens apontadas pelos entrevistados, estão:

  • escalabilidade da nuvem (75%);
  • agilidade comercial (72%);
  • redução de custos (44%);
  • aumentar a segurança (34%);
  • transferir o financiamento do Capex para o Opex (30%);
  • melhorar a tomada de decisões e eficiência funcional (28%);
  • aumentar o poder da computação (25%).  

* O estudo da Deloitte foi realizado com 1.437 participantes de 71 países, incluindo o Brasil.

Tais benefícios, observados pela adoção de sistemas e da infraestrutura de TI na nuvem, estão alinhados diretamente às novas estratégias de negócios para a transformação digital das empresas. Além disso, os próprios especialistas e técnicos de TI assumem um novo papel nas organizações, deixando diversas atividades operacionais para trabalhar em projetos avançados que ampliam a vantagem competitiva das empresas.

Assim, é notável a urgência para migração e adoção de ferramentas e servidores em nuvem. Nos próximos artigos aqui no Blog da Qi Network vamos abordar alguns conceitos-chave para entender a computação em nuvem, as vantagens, cuidados e como estruturar a computação em nuvem de médias e grandes organizações.

No texto de hoje vamos falar sobre algumas diferenças básicas dos tradicionais data centers para a infraestrutura de TI na nuvem. Confira!

Data centers físicos x Infraestrutura de TI na nuvem

Todo profissional de TI sabe que as diferenças entre um data center físico e a cloud computing vão muito além do “simples local de armazenamento”. Existem inúmeras questões específicas que diferenciam os dois formatos, como segurança, custos, capacidade de armazenamento, demanda de mão-de-obra e outros pontos, que na prática representam diferentes modelos e necessidades das empresas.

A verdade é que cada empreendimento terá necessidades específicas de infraestrutura. Um eCommerce, por exemplo, irá apresentar diversos picos de acessos ao longo de um ano, exigindo maior capacidade de armazenamento, segurança e energia. Já organizações de saúde que atuam com softwares avançados para o controle de dados sigilosos, gestão de processos e realização dos procedimentos médicos, irão demandar de soluções com segurança avançada, que impeçam a perda de informações – seja por panes do sistema ou ataques cibernéticos.

Embora os data centers tradicionais apresentem algumas vantagens, como a personalização e o controle interno dos sistemas desenvolvidos, esses benefícios se mostram ineficientes diante os avanços das plataformas em nuvem. Para fazer simples uma comparação, manter e estruturar um data center completo, equivale a construir uma casa sozinho – enquanto existem opções prontas, com mais segurança, custos inferiores (quando analisamos todos os aspectos), entre outras inúmeras vantagens.

De modo geral, as plataformas de infraestrutura em nuvem oferecem:

– possibilidade de crescimento ilimitado da capacidade de armazenamento;
– redimensionamento dinâmico do poder de processamento de dados (elasticidade);
– custos  conforme o uso da infraestrutura;
– segurança contra problemas físicos, como enchentes, quedas de energia, incêndios e outros;
– ampliação contínua e sem preocupações para os clientes dos recursos de energia elétrica e refrigeração;
– backup dos dados;
– outros tipos de redundância sob demanda.

Sabemos que adotar ferramentas em nuvem para colaboração, comunicação e armazenamento de arquivos como as do G Suite, talvez seja um processo mais simples do que a transferência de sistemas e softwares avançados para a cloud computing. Esta mudança exige muito planejamento, análise dos gestores e apoio de especialistas que possam avaliar as reais necessidades do negócio. Por isso é essencial entender como funciona o novo modelo de infraestrutura de TI e como aplicar em seu empreendimento.

Ficou com alguma dúvida? Deixe um comentário ou entre em contato com os especialistas da Qi Network. Não deixe acompanhar os próximos artigos aqui no Blog da Qi Network que irão abordar conceitos específicos da cloud computing.

 


Jorge Oliveira

Jorge Oliveira

Jorge Oliveira é líder técnico da Qi Network. Graduado em Ciências da Computação e Sistemas Computacionais pela Universidade Nove de Julho. Especialista em Arquiteturas Cloud e web.