DevOps: como ser mais eficiente com o Google Cloud Platform

DevOps: mais do que uma tecnologia, uma cultura de inovação 

A adoção de uma estratégia de DevOps baseada em métodos ágeis, colaboração e automação contribui para que as empresas desenvolvam e entreguem softwares mais rapidamente e, assim, aumentem a vantagem competitiva. Um plano de DevOps bem estruturado permite, afinal, o preenchimento de lacunas entre as operações de TI, as equipes de desenvolvimento e negócios. 

O DevOps é, portanto, mais do que uma metodologia ou tecnologia. Trata-se de uma cultura de inovação orientada ao valor do cliente. 

A colaboração das equipes de operações e desenvolvimento, por exemplo, contribui para a redução do tempo de espera, aumento da frequência de implantação e criação de softwares de melhor qualidade. Por isso, muitas operações tradicionais são eliminadas. O desenvolvedor não precisa mais, por exemplo, escrever um código durante dias e aguardar horas para implantá-lo. Todo esse processo pode ser concluído em minutos com estratégias de DevOps.

Os benefícios de DevOps incluem:

  • Colaboração e responsabilidade: responsabilidade compartilhada, transparência e feedback constituem a base das equipes de DevOps de alto desempenho. Todos precisam ter um olhar holístico para o processo de desenvolvimento, ou seja, estar cientes de como suas ações afetam os demais envolvidos no projeto.
  • Agilidade no lançamento: as equipes que praticam estratégias DevOps de alto desempenho lançam entregas com mais frequência, qualidade e estabilidade. De acordo com o Relatório Accelerate State of DevOps de 2021, a frequência de implantação é 937 vezes maior, e os tempos de lead 6750 vezes mais rápidos em relação a equipes de desempenho inferior.
  • Resolução rápida de problemas: a colaboração entre as equipes reduz o tempo de inatividade e acelera a resolução dos problemas, o que é fundamental para garantir a satisfação do cliente. A comunicação clara também é a chave para minimizar as frustrações entre as equipes.
  • Melhor gestão de imprevistos: os imprevistos ou trabalhos não planejados são inevitáveis e as estratégias de DevOps ajudam as equipes a lidar melhor com isso sem deixar de lado o trabalho planejado. A visibilidade de todas as tarefas facilita a antecipação e o compartilhamento do trabalho não planejado.

Saiba como as melhores empresas praticam DevOps, o que fazer para melhorar a performance no desenvolvimento e como o Google Cloud Platform (GCP) pode beneficiar a consolidação dessa inovação na sua empresa. 

DevOps: como as melhores empresas fazem?

Os softwares facilitam a gestão de compras, logística, estoque, o desenvolvimento de soluções e muitos outros processos. Por essa razão, as organizações desenvolvedoras também devem investir na inovação de forma contínua e aplicar novas estratégias para aperfeiçoar a idealização, criação e disponibilização de softwares.

Empresas que adotam estratégias de DevOps se esforçam para entregar e operar software mais rapidamente, o que é crucial para executar alterações na solução e entregar, o mais cedo possível, valor aos seus clientes.

As melhores empresas se caracterizam pelo nível excepcional em entrega de software e desempenho operacional — ou Software delivery and operational performance (SDO). Na prática, isso significa que essas organizações se destacam pela qualidade alcançada em cinco diferentes métricas: frequência de implantação, tempo de espera para mudanças, tempo para restaurar o serviço, alteração da taxa de falhas e confiabilidade.

Frequência de implantação

Enquanto equipes de baixo desempenho demoram pouco menos de seis meses para implantar código para produção ou liberá-lo para usuários finais, equipes de excelência implantam várias vezes por dia, de acordo com a demanda.

Tempo de espera para mudanças

Empresas com DevOps de alto desempenho levam pouco tempo para passar do código confirmado para o código executado com sucesso na produção: menos de 60 minutos. Equipes de menor desempenho levam mais de 6 meses.

Tempo para restaurar o serviço

Para restaurar o serviço depois da ocorrência de um incidente ou defeito que afete os usuários — como uma interrupção inesperada do serviço —, as melhores equipes precisam de menos de uma hora para isso. Empresas de menor nível podem levar mais de 6 meses.

Alteração da taxa de falhas

A taxa de falhas também é outra medida que ajuda a avaliar quão avançada é uma equipe de DevOps. Em empresas de desempenho superior, a taxa varia de 0% a 15%. Equipes inferiores registram taxas entre 16% e 30%.

Confiabilidade

Medida primordial das práticas operacionais, a confiabilidade se refere à capacidade de uma equipe para cumprir promessas e metas sobre o software que opera. Independente do nível de maturidade da empresa em DevOps, é perceptível que as equipes obtêm um melhor desempenho de entrega quando também priorizam o desempenho operacional, ou seja, quando buscam atender ou exceder suas metas de confiabilidade.

O que fazer para melhorar a performance no DevOps

Sua empresa precisa otimizar a performance no desenvolvimento? Em organizações inovadoras sempre há oportunidades de melhorias, não é mesmo? 

Para melhorar o desempenho da sua equipe no desenvolvimento de softwares, considere investir em cinco áreas: computação em nuvem, práticas de SRE (Site Reliability Engineering), segurança, práticas técnicas e cultura. 

Computação em nuvem

Segundo o Relatório Accelerate State of DevOps de 2021, a adesão à nuvem pública aumentou: 56% das empresas estão usando essa modalidade de cloud computing — 5% a mais do que o registrado no relatório anterior —, incluindo múltiplas nuvens públicas.

E os resultados da adoção estão sendo significativos: as organizações que optaram por nuvens múltiplas foram 1,6 vezes mais propensas a exceder suas metas de desempenho organizacional do que aquelas que não o fizeram. Esses usuários também estão 1,4 vezes mais tendentes a melhorar os números de frequência de implantação, tempo de espera para mudanças, tempo para restaurar os serviços, taxa de falhas e confiabilidade.

Principais razões para escolher múltiplas nuvens públicas:

  1. Possibilidade de aproveitar benefícios exclusivos de cada provedor;
  2. Disponibilidade;
  3. Recuperação de desastres;
  4. Conformidade legal.

Práticas de SRE

Práticas de SRE complementam as estratégias de DevOps, pois priorizam a comunicação interfuncional e a segurança psicológica. São ações e ferramentas que melhoram a capacidade de uma equipe de cumprir metas e promessas aos seus usuários de forma consistente.

As equipes que adotam as práticas de SRE são mais propensas a relatar melhor desempenho de SDO (1,4 vezes) e a alcançar melhores resultados de negócios (1,8 vezes). A confiabilidade também aumenta, assim como a produtividade. A prática da SRE reduz o tempo necessário para escrever códigos.

Veja quais práticas de SRE adotar:

  • Definir confiabilidade em termos de comportamento voltado para o usuário;
  • Aplicar uma estrutura de métricas SLI/SLO;
  • Automatizar processos para reduzir atividades manuais e alertas disruptivos;
  • Definir protocolos e exercícios de preparação para resposta a incidentes;
  • Introduzir princípios de confiabilidade em todo o ciclo de vida de entrega do software.

Segurança

A segurança deve ser integrada em todo o processo de desenvolvimento de um software e não apenas à etapa antecedente à sua entrega. As equipes de alto nível se destacam justamente por implantar práticas de segurança, o que indica que conseguem acelerar a entrega sem comprometer a qualidade do software e mantendo seus padrões de confiabilidade.

É claro que a segurança é considerada uma prioridade em empresas de tecnologia, mas é preciso superar métodos tradicionais para, assim, elevar o desempenho operacional e organizacional.

Confira as práticas a adotar:

  1. Testes de segurança;
  2. Integrar revisões de segurança em todas as fases;
  3. Executar revisões de segurança;
  4. Criar código pré-aprovado.

Práticas técnicas

As empresas que adotam a entrega contínua têm mais chances de desenvolver processos de alta qualidade, baixo risco e econômicos. Para isso, algumas práticas técnicas são executadas, como:

  • Arquitetura fracamente acoplada;
  • Desenvolvimento baseado em tronco;
  • Testes contínuos;
  • Integração contínua;
  • Utilização de tecnologias de código aberto;
  • Monitoramento e observabilidade;
  • Gerenciamento de alterações de banco de dados;
  • Automação de implantação.

As práticas de testes contínuos e arquitetura fracamente acoplada se mostram mais relevantes para as equipes baseadas em DevOps. Especialmente as de maior nível que atingem suas metas de confiabilidade, tendem, três vezes mais do que seus equivalentes de baixo desempenho, a implantar esse tipo de arquitetura.

Cultura

Cada empresa possui sua cultura e esta é um dos principais impulsionadores do desempenho organizacional e de TI. Entre as culturas organizacionais orientadas para o poder, para regras e para o desempenho, essa última é a que melhor otimiza o fluxo de informações, a confiança, a inovação e o compartilhamento preditivo de riscos.

Os profissionais de equipes de alto nível que atingiram suas metas de confiabilidade têm 2,9 vezes mais chances de ter uma cultura de equipe orientada para o desempenho e que valoriza o pertencimento e a inclusão. Esses mesmos colaboradores também têm menos chances de desenvolver burnout em comparação com empresas com outras culturas organizacionais.

DevOps no Google Cloud Platform

O GCP oferece diversos recursos de computação do Google, muitos por meio de serviços — bancos de dados, Big Data e machine learning, por exemplo. Há, também, recursos de DevOps que ajudam as empresas a acelerar a compilação e a entrega de produtos de forma confiável.

As ferramentas do GCP para DevOps são distribuídas em quatro principais categorias: 

1. Recursos técnicos

Ferramentas para aumentar o fornecimento de software e o desempenho organizacional, como teste contínuo, integração contínua, entrega contínua, automação da implantação e arquitetura. 

Os recursos técnicos podem ajudá-lo a dar mais autonomia à sua equipe para que tome decisões sobre uso de ferramentas e tecnologias, incorporar mais segurança ao ciclo de vida de desenvolvimento do software sem comprometer a velocidade de entrega e gerenciar dados de testes de forma eficaz.

2. Recursos de processo

Conjunto de recursos para otimizar a aprovação de alterações, trabalhar em lotes pequenos e obter maior visibilidade do fluxo de trabalho desde a criação até o resultado para o cliente.

As ferramentas ajudam a inovar rapidamente a partir de equipes mais capacitadas e com autonomia para testar novas ideias, gerar melhores resultados a partir dos feedbacks dos clientes e a substituição de métodos tradicionais — e mais morosos — de aprovação de alterações pela avaliação pelos pares.

 3. Recursos de avaliação

O GCP dispõe de ferramentas para monitoramento e observalidade, e notificação preditiva de falhas para que sua equipe possa identificar problemas graves e agir antes que eles venham à tona.

Você também pode limitar a quantidade de trabalho por colaborador para que tarefas de alta prioridade sejam realizadas. Recursos de gerenciamento visual também vão ajudá-lo a promover o compartilhamento de informações e a obtenção de insights sobre o andamento do trabalho da equipe.

4. Recursos culturais

Viabilizam o desenvolvimento de uma cultura orientada para o desempenho, de alta confiança e que agiliza e entrega de software. Você também pode fomentar uma cultura de aprendizado para entender o seu impacto no desempenho organizacional.

Entenda a importância da sua equipe dispor de ferramentas e recursos adequados para suas funções e de executar um bom trabalho técnico. Confira, também, a relevância dos líderes no desempenho de entrega de software. 

GCP: o melhor para DevOps

O GCP oferece uma estrutura robusta e segura, além das ferramentas necessárias para você consolidar a metodologia DevOps na sua empresa. Os valores de contratação são atrativos, conta com redes de fibra globais privadas, permite a migração de VMs em tempo real, oferece alta performance, segurança, expansão contínua, backups redundantes e muito mais.

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Henrique Augusto

Henrique Augusto

Diretor de Inovação e sócio-fundador da Qi Network, há mais de nove anos ajudo empresas a inovarem por meio de soluções em nuvem nas áreas de produtividade, inteligência de dados e modernização de infraestrutura.